Na madrugada desta segunda-feira (21), o mundo amanheceu mais silencioso. Papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano da história, partiu aos 88 anos, em sua residência oficial no Vaticano. Sua morte encerra um capítulo marcante na história da Igreja Católica e deixa milhões de fiéis em luto por aquele que, com simplicidade e firmeza, revolucionou o modo de viver e praticar a fé.
Internado há cerca de 40 dias devido a uma pneumonia dupla, Francisco ainda encontrou forças para aparecer publicamente nos últimos dias. No sábado, esteve na Basílica de São Pedro. No domingo, durante a celebração da Páscoa, fez sua última aparição na Praça de São Pedro. Com a voz frágil, mas o espírito inabalável, pediu que o mundo não se rendesse à lógica do medo e, em vez disso, usasse seus recursos para combater a fome, ajudar os necessitados e promover o desenvolvimento. Era o Papa que nunca deixava de lutar pelos que sofrem, mesmo diante de sua própria dor.
Mais do que um líder religioso, Jorge Mario Bergoglio — o Papa Francisco — foi um símbolo de renovação. Um papa que trocou o luxo pela humildade, que preferia o contato direto com o povo ao isolamento dos palácios, que acolheu os marginalizados, escutou os jovens e dialogou com diferentes culturas e religiões.
Seu legado é imenso. Francisco foi a voz dos que não tinham voz, o pastor dos esquecidos, o defensor da Casa Comum. Suas palavras ecoaram nos corações do mundo todo com mensagens de paz, inclusão, tolerância e cuidado com o próximo. Lutou contra a indiferença, questionou estruturas, enfrentou resistências e mostrou que a fé precisa caminhar junto com a justiça social.
Hoje, o mundo se despede de um homem que viveu com intensidade o Evangelho que pregava. E embora o Papa Francisco descanse agora em paz, sua mensagem continuará viva — nos gestos de misericórdia, nos apelos por solidariedade e em cada semente de esperança que ele plantou.
Descanse em paz, Papa Francisco.
Seu legado permanece eterno.